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domingo, 1 de janeiro de 2017

A dor fortalece: detalhes sobre mim que não gosto de lembrar.




(Não foi fácil publicar esse post,  não é fácil falar mal de si mesma)




Hell-o 
Já faz um tempo que não dou as caras por aqui. Têm uma semana que estou de folga do meu trabalho assalariado e nessa semana muitas coisas aconteceram. Me dei folga de algumas coisas, estou colocando minhas leituras em dia, liguei meu play station 1 e pensei: "nada vai estragar minha semana" e me esforcei MUITO pra isso. No entanto a vida sempre dá uma jeito de mostrar pra mim que marasmo e status quo não combinam comigo.
Me decepcionei recentemente com alguém que gosto muito e estou tentando digerir e aceitar que pessoas erram e ninguém é perfeito. Não me reconheci entre os dias 31/12/16 e 01/01/17. O ódio é uma munição perigosa e a dor também. 
Dentre esses dois malditos dias há várias somas de mágoas anteriores e há uma outra soma de coisas que descobri (o feminismo me ajudou muito com isso) e mesmo em meio a tanta coisa ruim me senti em paz comigo mesma depois de ver meu emocional colocado em xeque e meu controle sobre ele e minhas ações.
Eu sou muito fria e manipuladora quando estou decepcionada ou quando sinto que preciso saber de algo e uso pessoas e coisas para fazer o que eu sinto necessidade no momento. Isso não é fácil de admitir já que eu tento ser sempre ética nas coisas. Eu posso observar por dias o comportamento das pessoas, a forma como elas respiram e andam e a mudança desses hábitos que em meio a mentiras ou segredos baratos param de seguir o curso natural. 
Se eu escutar algo sobre mim que me afete muito ou me sentir traída por alguém eu vou fingir que não ouvi e perturbarei essa pessoa devagarosamente para que ela confesse pra mim o que ela disse ou fez se eu achar que vale a pena saber, caso contrário, eu descarto a pessoa e o assunto. 
Eu sou perfeitamente capaz de conviver, comer junto, conversar e até dar risada com pessoas que sinto repulsa ou que tenho ódio mortal por quem elas são ou de algo que elas fizeram se eu achar que isso seja necessário.
Eu leio muito (de forma compulsiva)  e tento aprender o máximo de coisas possíveis de assuntos diversos por dois motivos: O primeiro, para não ser dependente de algo ou de alguém; e o segundo, porque tenho medo que me achem burra. Em contra-partida, não sinto nenhuma necessidade de ser aceita em lugar nenhum e não me importo se alguém não gosta de mim. A questão que tenho com minha inteligência (ou falta dela) é mais para efeitos de satisfação pessoal.
Esses são meus piores defeitos que consigo lembrar.
O que quero dizer com  isso é que as pessoas são o que são: um conjunto de qualidades e defeitos situacionais e eu não estou livre disso. Tenho muitas qualidades também e valorizo muitos as pessoas que estão ao meu redor, facilmente desenvolvo sentimentos de irmandade com amigos por mais que sejam recentes e faço o possíveis para ser útil e gentil com as pessoas. E aí você se pergunta: Então qual o intuito de expôr um lado tão negativo de si?
Quando a gente compreende a nossa imperfeição e aceita que ela faz parte de nós do mesmo jeito que nossas qualidades conseguimos entender os outros e aceitar que eles também não são perfeitos e estão sujeitos erros sujos e grotescos assim como eu estou e você também.
Óbvio que há erros imperdoáveis, pessoas desprezíveis e toda essa chatice. Mas o que estou dizendo é que todo mundo erra e ninguém é melhor ou pior por isso. Os erros trazem experiências e nos fazem aprender. Servem (e muito) para formar quem somos e jogam na nossa cara o quão podre podemos ser. No entanto, os erros também nos dão a chance de mudar e seguir em frente encarando nossa cara no espelho. E eu preciso me lembrar disso.





6 comentários:

  1. Também me considero um pouco manipuladora as vezes, quando necessário, mas acho que isso está mais ligado a auto defesa do que a alguma coisa mais negativa.
    Você fez uma ótima reflexão! Espero que já esteja se sentindo melhor hoje do que na virada do ano!
    bjo!

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    1. Sim, tem razão. É uma forma de defesa. Tenho que ter consciência disso para que não se torne algo perturbador. Estou melhor que naquele dia sim é vou correr muito atrás de estar bem melhor a cada dia.
      Beijos Nayara!

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  2. "Don't be afraid
    As she pulled down the shade
    Said there's nothing to fear
    But the monster is here"- 12 Black Rainbows,Type O Negative

    Se a gente não encarar parte de nós que é o ''monstro'',nada iremos enfrentar tanto dentro de nós como fora. ;)

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    1. Marcela vc é demais. Obrigado pela aquela conversa. Abraço!

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  3. Posso falar uma coisa? Vou falar sim. Seus defeitos são bem parecidos com os meus, mas se fosse eu escrevendo um post meu, teria bem mais. O melhor de fazer essa análise de nós mesmas é que podemos tentar consertar coisas que não gostamos em nós. Algumas coisas eu entendi que nunca vou mudar mesmo, e aprendi a aceitar. Em 2016 eu também me decepcionei muito com uma pessoa que amava (se quiser saber mais sobre minha experiência, falo um pouco no post que fiz sobre meu Top 10 de 2016) e com isso descobri que tinha outro defeito (que já corrigi e estou corrigindo): tem pessoas que eu amo/amava tanto que esquecia de amar a mim mesma, euzinha, myself. Parabéns pela coragem de escrever o post e principalmente de publicar! Foi bom ler isso pra aceitar minhas próprias neuras. Espero que tu esteja melhor, e se precisar, me chama no whats ou no FB pra gente conversar :)
    Beijo, miga!

    www.vultuspersefone.blogspot.com

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    1. Rafa, as poucos estou caminhando. E vou me amar mais por conta dessa fase ruim com certeza. Obrigada por me entender. Beijos amiga. Adoro vc.

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