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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Show do Rot em Fortaleza: Organic Tour - Relatos de 20 de Janeiro de 2023

 - Já vou logo de aviso: não é um release viu? São meros relatos emotivos de uma festa muito aguardada por mim, exclusivamente sob minha ótica e opinião. 



Hoje faz exatamente um mês de uma festa muito aguardada por mim e por muita gente:




Tá, a gente vê um cartaz desse e fica doido mesmo. Pode ficar a vontade.

RUIM
LIXORGÂNICO
DIAGNOSE
FACADA
ROT

Essa foi a sequência do caos organizado que tive o prazer em participar.





Arrisco a dizer que vi uma das melhores apresentações que a Ruim já fez, foi incrível! Foi bruto, foi cru, o setlist tava foda e a formação tá impecável. Aquele som pesado, aquela nuvem obscura suburbana black metal nihil anarco... Eu amo essa banda.  Gravei uma live no instagram deles (tá salva lá ainda, confere aqui) e eu curtia mais do que gravava, impossível ser diferente! O vídeo deve estar com a imagem toda tremida, peço até desculpas pra banda, mas era empolgação demais! Demais!!

Depois do show da Ruim, eu fui lá pra fora me recuperar, dar risada e tomar cerveja. Tinha muita gente massa.. acabei perdendo boa parte do show da Lixorgânico, mas todo mundo falou que foi foda. O Vinícius é uma pessoa bem presente no meio do underground, tanto divulgando outras bandas como também abrindo debates que tem que ser falados. Vou deixar uns links da Lixorgânico e da Vertigem Discos pra vocês no final desse texto. Não deixem de ver! 

E eis que quando eu volto lá se estão.. lá se vem: desde 1996 resistindo a tudo e a todos...
...lá se vem a Diagnose, mermão a Diagnose. Meu amigo e minha amiga.. o que foi isso?
Destruiu tudo! Destruiu e construiu com dignidade. 
Fotografia: Jean Ribeiro - Cokin


Show da Diagnose a gente já sabe: é afeto, mosh, música rápida, recados do Jorge Matagato e no final estamos todos felizes e emocionados. 
A formação atual da Diagnose me enche de orgulho, da Dejane (baixo) eu sou mais que amiga né? Sou fã! O Frank (guitarra e berros) é um amigo de mil anos atrás, querido pra caralho. O Matheus Pão (bateria), toca muito. O Jorge Matagato (que tenho que deixar claro pra vocês que ele jamais matou um gato) é quem cuida dos vocais. E tá feita a festa onde cabe todo mundo. É gente voando, chegando se jogando, gente se abraçando e perdendo tênis mas no final todo mundo se acha e sai dando risada. Diagnose, vocês são muito queridos e amamos vocês. Obrigada pela festa e por não deixar a chama se apagar!

Todo mundo sério: o Facada chegou.
Desde 2004 se colocando como toda boa banda de grindcore: bruta, rápida e pesada. 
Falar do Facada é sempre difícil pra mim. Eles não fazem questão de ter muitas camadas, nuances e coisas complexas. 
É exatamente aquilo que você está vendo, pouca conversa e muito sentimento de ódio pra colocar pra fora. Toda a euforia do show da Diagnose foi coberta por uma nuvem obscura de grind misturada com death metal. 

e EIS QUE...

... 1 da manhã o Rot começou a tocar.
Se o Esconderijo Bar não desabou nesse festival, ele não desaba nunca mais. 


Muita gente que há tempos não ia em festivais assim apareceu e foi muito massa. O Rot está desde 1990 no meio do mundo. Formada em São Paulo e com mais de 30 anos de grind possui muitos fãs e amigos que ansiavam por aquele show que estava pra se iniciar.
E foi incrível! 
Foi memorável! E entrou para a história dessa cidade. Não pelo Rot "simplesmente" estar ali, mas pelo festival inteiro estar sendo selado naquela apresentação. 


Meu intuito nesse texto não é escrever a trajetória das bandas, os lançamentos, o setlist de show, e a agenda e nada disso. Bandas como as que tocaram nesse dia vão muito além de release, carregam todo um significado de resistência e de impacto na nossa vida e marcaram toda uma mudança de comportamento. Criaram vínculos de amigos, criaram um ambiente de proliferação de ideias, de confiança e auto estima e aceitação de nós enquanto indivíduos. 

Fotografia: Joaquin Santos @joakim_fotografia


Eu estava muito feliz em ver meus amigos felizes e é sobre isso. 

Eu estava nervosa, com pressa, com vontade de chegar logo. Passei o dia no trampo, acordei 5 e pouco saí de casa de manhã cedo, cheguei em casa 19:10 e fiz tudo o mais rápido que eu pude pra ir logo e chegar logo... não tinha dor nem cansaço que não me fizesse estar ali. Na contemplação de tudo o que faz sentido pra mim, com pessoas que eu amo e que querem estar comigo e elas sabem que quero estar com elas também. Porque no final das contas, é tudo sobre isso: afeto, apoio mútuo e resistência. 

Espero que mais festas como essa possam acontecer e que a chama dos inconformados nunca se apague.
Vida longa, veloz e suja a todos!





LINKS



Fotografia

Jean Ribeiro - Cokin (Link para o Instagram) 

Joakim Fotografia (Link para o Instagram)

Fotografia: Joaquin Santos @joakim_fotografia



Até a próxima!



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