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sábado, 29 de agosto de 2015

"Uma vida não questionada não merece ser vivida."

No primeiro semestre da faculdade, em uma disciplina de Ética e Responsabilidade Social, e foi pedido que eu fizesse um curto texto sobre ela. A frase foi "Uma vida não questionada não merece ser vivida." de Platão. Fiz esse texto muito rápido. Não pensei muito e confesso que notei os erros de redação e as inúmeras repetições de palavras. No entanto, isso é que o torna verdadeiro, simples e vez ou outra gosto de lê-lo. Segue abaixo o textinho.

“Uma vida não questionada não merece ser vivida.” Platão.
O ser humano diferencia-se dos outros animais porque possui a capacidade de refletir. E junto ao processo de reflexão obtemos como conclusão aprendizados e ações. Quando refletimos sobre os acontecimentos e circunstâncias a que somos submetidos no nosso cotidiano aprendemos o que podemos ou não podemos fazer. Encontramos-nos com nossos direitos e deveres perante nossa sociedade. No entanto, acabamos caindo nas rotinas de confrontos diários e, por mais absurdo que pareça, acabamos por nos acostumar a sermos confrontados. Não falo apenas de confrontos de personalidades diferentes, nem apenas de confrontos para garantir nosso lugar em algum status. Os confrontos existentes atingem na maioria das vezes nosso direito a escolha. Que interfere no nosso estilo de vida, no nosso livre arbítrio de escolher quem somos,  o que queremos e para onde vamos.Cada ser humano busca a felicidade, uma espiritualidade e um conforto para justificar sua existência. Porém o círculo social a que somos envolvidos muda nossos hábitos, nossos valores e muitas vezes confunde o próprio EU do indivíduo.
Diariamente somos bombardeados de informações, imposições e invisíveis cartilhas de regras sociais. Saber separar o que essas informações representam para o indivíduo e como ele deve se portar diante das imposições é refletir. Refletir sobre quem você é, em que você acredita e o que você quer fazer com a sua vida. Se o indivíduo se porta como um Ser que não reflete obviamente ele não aprenderá e não fará muito para mudar sua realidade independente de gostar ou não de sua condição atual. Porque quem não reflete não aprende e quem não aprende não faz nada, não há ações, o que haverá serão apenas repetições. E nisso, perdemos nossa individualidade, o nosso EU. Deixamos de ser o que somos ou o que queremos para sermos aceitos ou para viver de modo mais cômodo.
Não precisamos mudar para sermos aceitos. Não estou dizendo que devemos e contra tudo e todos porque confrontos são naturais, o que não é natural é a exclusão de um indivíduo de uma sociedade por ele simplesmente ter feitos as próprias escolhas. O direito de um acaba quando começa o direito do outro. Nenhum Ser tem o direito de interferir nas escolhas do outro por simplesmente sentir-se dominante. Nenhum indivíduo tem o direito de tomar o que é do outro e privar-se da reflexão, por mero comodismo é aprisionar sua própria voz e silenciar as escolhas da sua existência.

Francisca Jéssica Gomes de Lima
Curso Tecnólogo Superior em Processos Gerenciais. Turma 83 – Noite.


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