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sexta-feira, 8 de março de 2024

8M

 


Não costumo falar sobre o 8 de março, pois é um dia de profunda reflexão pra mim.



Contudo, fazendo da escrita meu hábito de conversar comigo mesma, decidi dar corpo a este pensamento nesse textinho curto que não faz jus ao imenso peso histórico que deu origem a esse dia. Não trarei artigos educativos para tentar ensinar nada a ninguém. 

Neste dia, geralmente me calo e reflito sobre todas as mulheres que sacrificam suas vidas em prol de criar um mundo justo e igualitário e por toda a luta de classes que envolve o 8 de março. Admiro quem consegue se expressar com palavras contundentes e claras, mas eu não consigo, hoje não. Me sinto sufocada por, desde o século XX, se exigir o mínimo e ainda assim receber de volta tão pouco. Por ainda ter que falar "não" mais de uma vez. Por ainda precisar explicar o óbvio. 


Sempre foi um dia que odiei. Não diminuindo o contexto histórico e a origem de luta trabalhista deste dia, que inclusive se perdeu engolido pelo capital e o comércio, mas pelo fato que de que amanhã, quando pararem de vender flores nos semáforos e acabarem os "parabéns", eu voltarei a ser , para esta sociedade patriarcal, um objeto, uma cidadã de segunda classe.

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