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segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Suburbana

"Nas trincheiras cotidianas da existência adulta atitudes banais podem ter uma importância vital."
Nossas questionamento entram em constante conflito, pois ficamos constantemente confusos entre o que é puramente fantasia e o que é realmente uma necessidade. O que eu preciso se confunde com o que eu quero. Eu quero mesmo? Ou alguém disse que eu queria?
É preciso ter coragem para pensar. Porque o pensar é livre e infinito. É possível se alcançar o mais alto céu e o mais profundo vazio entre os pensamentos e isso não é para todo mundo. Não falo isso me colocando como alguém especial e nem dizendo a nenhum de vocês que eu tenho coragem pra pensar, pois, durante meu dia, muitas vezes fujo de um ou outro pensamento com mais frequência do que eu poderia contar em todos os meus dedos.
Aqui mesmo neste espaço, onde eu sempre disse que era livre, começo e apago textos toda semana. Como se procurasse organizar o sentidos das coisas, se é que eles existem. 

A falta de sentido e o mais longo tédio em nossas rotinas massacrantes passam longe dos pensamentos dos ditos intelectuais que cansamos de admirar. Eles dizem muitas coisas incríveis de como o mundo poderia ser e a política deveria agir e o quanto somos inertes em nossas decisões em enquanto indivíduos livres. 
Penso sempre o quanto é fácil falar isso em cima de pilhas de livros e diplomas nos quais a facilidade dos "bem nascidos" foi um fator presente. 
Eu quero ver esse pensamento de "não os sirva e os senhores desaparecem" na rotina dos subúrbios brasileiros, ao que somos submetidos e as atrocidades que somos obrigados a assistir fingir que não vimos. Ao que acontece nos becos e nos escuros das vielas do mundo. 

Á eles, e a todos os que se atrevem a pensar, eu gostaria de dizer em forma de manifesto: Tudo deve ser questionado. O amor, a guerra, o ócio, o tédio, a euforia, a alegria, a tristeza, a dor, a política, as roupas, as cores das ruas, o cara com a bandeira do brasil no carro gigante que não cobre o próprio ego, os pais que gritam com os filhos nos supermercados, as filas intermináveis, as obrigações, os amigos, os inimigos, os que te usam, os que você usa. O que falam mal dos outros e principalmente os que deslizam palavras doces sobre si mesmos. 










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