A arte de ser do contra: Desapegando.

Esse ano estou numa vibe mais pessoal e numa onda de falar mais de mim mesma. Então hoje vim falar de algo que sempre achei que fazia mas na hora do "vamos ver" eu demorei para cair ficha: a tarefa árdua chamada desapegar. 

Não ache que vim aqui com papo de hindu e conversas de "liberte-se dos bens materiais", a natureza humana é um acumulo de coisas e exageros e isso faz parte da vida contemporânea, o que consideramos necessários à nós é muito íntimo e texto nenhum de blog fará isso mudar.

Desapegar, sentimentalmente falando, é se desprender da responsabilidade que achamos ter sobre as ações dos outros. É uma tarefa árdua por ter que ser feita dia-a-dia e com cautela. Digo isso porque não é fácil reprimir a raiva e a frustração e se desprender das coisas. Tampouco é simples aceitar que as coisas e pessoas falham e o frio que atravessa barriga toda vez que você pensa nessas decepções. Por vezes ficamos irritados e achando que nossas coisas estão escapando dos nossos dedos e ficamos psicóticos querendo possui algo que não é nosso.
Desapegar disso é sentir que sua vida é mais do que isso e você só é responsável por si mesmo e mais ninguém.

Ser desprendido não é deixar de se importar. É ser livre de sensações que não adicionam nada na nossa vida é também quebrar esse tabu de que o excesso de importância ou apego que você dá a alguém significa amor. Hábitos e necessidades são coisas diferentes.

Tem vezes que esse apego é só nosso ego dizendo que se não agirmos de forma X perderemos o que temos ou o que construímos, perderemos o tempo de vida investido e blá, blá blá. Tem que existir um equilíbrio entende? "Tudo demais é veneno", então deixe o que não te faz bem ir! Deixe ir quem quer partir porque as outras pessoas também tem os próprios desejos e vontades e isso não pode girar ao seu redor.